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Pizza Lusa Lux, uma portuguesa um pouco mais sofisticada do cardápio do Rock me Mamma.
Pizza Lusa Lux, uma portuguesa um pouco mais sofisticada do cardápio do Rock me Mamma.| Foto: Andrei Rodacki

A cada mês duas ou três pizzarias são abertas em Curitiba. Quase todas elas voltadas para o delivery, outras até com atendimento presencial. Mas a grande maioria não passa num bom teste de paladar. Passa, sim, no teste do preço, pois cobra de acordo com os insumos que utiliza, que invariavelmente estão longe de serem os melhores e serve pessoas que se contentam mais com a “vantagem” do preço do que com a qualidade do sabor. Paciência!

Por isso vou passando assim, meio de pronto, sobre as notícias e comunicados contando de novas pizzarias na cidade. Até que alguém me alerta: “acho que essa vale a pena”. Exatamente o que me disseram do Rock me Mamma, que, pelo nome, já me remeteria a uma casa de hambúrgueres, muito molho barbecue e coisas assim.

Mas, não. Rock me Mamma é uma pizzaria que acaba de ser inaugurada no Bigorrilho. Quem batizou a casa foi o Andrei Rodacki, um dos sócios, por ser parte da letra de um gostoso country (claro que fui ouvir para sentir) cantado pelo Darius Rocker, chamado Wagon Wheel. Em determinado trecho, diz assim: “And I’m a-hopin’ for Raleigh, I can see my baby tonight/ So, rock me mamma like a wagon whell/ Rock me mamma any way you fell”. Bacana (lembrou-me alguma coisa dos Eagles), principalmente se compuser a trilha sonora da casa que, me lembro do dia que fui, era bem interessante.

Salão colorido, bom para aqueles que exploram as fotos no Instagram. Mas tem também um salão, digamos, mais normal.
Salão colorido, bom para aqueles que exploram as fotos no Instagram. Mas tem também um salão, digamos, mais normal. | Foto: Valterci Santos

O Rock me Mamma tem como meta, segundo eles, ser um pizza bar descolado, com foco em grupos para happy hour, famílias e casais que buscam um cardápio de experiências gastronômicas, aqui, no caso, assinadas pela chef e outra sócia da casa, Pricila Franceschi, acompanhados de bons drinques. E eles tentam aliar isso tudo à qualidade e preço justo.

Quem chega dá de frente com espaços diferenciados: um bar central e, ao fundo, uma ilha com o forno, de onde saem as pizzas napolitanas. Os salões centrais contam com um ambiente integrado, onde um longo sofá creme em couro capitonê completa o espaço. Espaços instagramáveis fazem parte da decoração – não é minha praia, mas reconheço que a gurizada gosta disso, às vezes mais do visual para fotos do que do prazer de comer. Os banheiros também são temáticos e bem coloridos.

Crudo de salmão, uma composição com salmão, creme de limão siciliano, uvas verdes e alguns temperos. Imagine algo muito bom, além de lindo na apresentação.
Crudo de salmão, uma composição com salmão, creme de limão siciliano, uvas verdes e alguns temperos. Imagine algo muito bom, além de lindo na apresentação. | Foto: Bruno Hassum

Os sabores

Mas, como o que conta numa proposta de restaurante, em primeiro lugar, é o que se tem para degustar e apreciar, vamos ao menu. Começando pelo happy hour, que é uma das apostas da casa. Tem Batatas bravas com sour cream e páprica defumada,Tulipas de frango ao molho BBQ artesanal da casa,Coxinha de frango com creme de catupiryeBolinhas de muçarela acompanhadas de molho de melaço, gengibre e pimenta sriracha.

Entre as entradas, das que tive a oportunidade de provar, duas delas me agradaram e certamente voltaria lá para pedir novamente. Uma delas parece até uma obra de engenharia (exagerando, é claro). Trata-se do Crudo de salmão (R$ 58), uma composição com salmão, creme de limão siciliano, uvas verdes e alguns temperos. A combinação do salmão cru com a uva verde é muito feliz e o resultado é ótimo. E o prato já chama a atenção pela apresentação, com a mistura colocada dentro do que se poderia definir como uma cerca (ou algo assim) de alguma massa próxima a biscoito. A outra que apreciei foi a de Pastéis de Brie (R$ 32, 5 mini pasteis) com geleia de pimentões, com a geleia da chef (que parece ser bem famosa entre eles).

Pastéis de brie, outra boa recomendação de entrada.
Pastéis de brie, outra boa recomendação de entrada. | Foto: Anacreon de Téos

Claro que há outras opções, como Pizzeta (R$ 21) - temperada com azeite de ervas, sal rosa e queijo Grana Padano -, Bolinhos de carne seca com queijo da canastra, servidos com molho campana (R$ 38, porção com três), Carolinas crocantes com creme de aspargos e lascas de grana padano (R$ 39, porção com três) e Croquetas de costela defumada com emulsão de leite e emulsão de gremolata (R$ 34, porção com três), entre outros itens. Há também três opções de saladas, com preços variando de R$ 40 a R$ 49.

E então, as pizzas. Chegaram algumas à mesa (estávamos em oito, imagino). Logo na chegada uma já me impressionou, a Lusa Lux (R$ 80), com molho de tomate, muçarela, presunto italiano, cebola, ovo e tapenade de azeitonas roxas. Já deu para perceber que é praticamente uma portuguesa, só que em trajes sociais. Boa, já a partir da massa. Eles têm a portuguesa normal, que chamam de Lusa R$ 60, apenas sem o presunto italiano (aqui vai o cozido) e sem a tapenade. Outra que impressionou bem foi a Pizza de brie e abricot (R$ 80), que leva molho de tomate, presunto parma, brie e damascos. Também veio a clássica Margherita (R$ 60), mas acho que nessa demos azar, pois o queijo estava um pouco ressecado. Um pecadinho que acontece, mas aconteceu.

Pizza de brie e abricot , equilíbrio entre o doce e o salgado.
Pizza de brie e abricot , equilíbrio entre o doce e o salgado. | Foto: Bruno Hassum

Outras pizzas do repertório: as que não poderiam faltar, pela popularidade, como Pizza calabresa (R$ 65), Pizza marinara (R$ 60) – que é vegana -  e Pizza mozzarella (R$ 55), que sempre estão entre as preferências dos consumidores. E algumas personalizadas, dentre elas a também vegana Pizza di caponata (R$ 68) feita com molho de tomate, queijo vegano, abobrinha, berinjela, pimentão vermelho e azeitonas e ainda, para a turma da pimenta, a Pizza diavola (R$ 69), com molho de tomate, muçarela, pepperoni e geleia de pimenta dedo-de-moça artesanal da casa.

E tem as doces, mas estas estão fora dos meus limites de razoabilidade. Mas sei que tem gente que gosta e há gosto pra tudo. Então tem.

As pizzas têm 25 cm de diâmetro e são consideradas individuais. Mas podem, muito bem, ser divididas quando acompanhadas de outros pedidos.

Ainda há opções de sobremesas, para finalizar.

Para beber (ou bebericar), drinques, entre clássicos, como Dry Martini,Mojito,NegroniouCosmopolitan, várias caipirinhas, além de uma carta autoral inédita que se destaca no cardápio.

Para quem não dispensa um bom vinho, como eu, tem uma carta especial, montada em parceria com a importadora Porto a Porto, que faz parte do pizza bar. Ainda carecendo de alguns retoques, mas me impressionou muito bem.

Como de resto todo o Rock me Mamma, que tem bons predicados e certamente vai agradar o público um pouco mais exigente.

A casa funciona de terça a sábado, das 18h à 00h, e não é necessário fazer reservas.

O Rock me Mamma fica no Bigorrilho, onde, até há pouco, existiam poucas opções em pizzarias de ponta.
O Rock me Mamma fica no Bigorrilho, onde, até há pouco, existiam poucas opções em pizzarias de ponta. | Foto: Valterci Santos

Rock me Mamma – Pizza Bar Experience

Alameda Julia da Costa, 1829 – Bigorrilho

Instagram:@rockmemamma.cwb

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