
A Justiça Federal do Paraná negou a concessão de liminar para restabelecer uma palestra do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) que seria realizada na sexta-feira (17) na Universidade Federal do Paraná (UFPR). O ex-procurador da Lava Jato iria apresentar um painel intitulado “A Liberdade de Expressão e Combate à Corrupção”.
Para a juíza Cláudia Rocha Mendes Brunelli, da 20ª Vara Federal de Curitiba, a decisão da instituição não teve vício administrativo. O pedido para o restabelecimento da palestra foi feito pelo ex-vereador Rodrigo Marcial.
“Verifica-se, nesses termos, que a negativa de autorização em discussão apresentou fundamentação razoável, não sendo possível concluir, pelos elementos constantes dos autos, que seja decorrente de ato de censura ou cerceamento da liberdade de expressão, demonstrando-se insuficiente para tal finalidade a postagem incluída na página 7 da Inicial, por não se tratar de resposta oficial da Faculdade de Direito, mas sim de estudantes contrários ao evento”, afirmou a magistrada em sua decisão.
Formado na UFPR, Deltan repudiou a decisão do Diretório Central dos Estudantes (DCE), responsável por barrar a palestra, e disse que é "impensável" que a universidade tenha barrado uma palestra, justamente, sobre liberdade e expressão.
"É absurdo pensar que a universidade tenha barrado e censurado justamente uma palestra em que eu falaria sobre liberdade de expressão. O autoritarismo e a fiscalização do pensamento têm encontrado adeptos em todos os lugares e fico decepcionado ao ver isso acontecendo na UFPR, minha própria universidade. Se na academia não é possível mais debater ideias porque a esquerda tomou conta, onde será?”, questionou.
Nas redes sociais, ontem (17), o DCE-PR comemorou a censura contra o ex-deputado. "Mais uma vez mostramos que na UFPR fascista não se cria", cita trecho da publicação.
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